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Projetos turísticos de Alqueva com ritmo lento devido a dificuldades de financiamento

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Os projetos turísticos previstos para as margens da albufeira de Alqueva, no concelho de Reguengos de Monsaraz, avançam em ritmo lento devido às dificuldades de financiamento, em consequência da crise financeira e económica, revelou hoje o autarca local.

“Temos de reconhecer que os grandes empreendimentos turísticos, numa altura de crise, estão a um ritmo que não era aquele que inicialmente estava previsto”, afirmou o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto.

O autarca alentejano falava à agência Lusa à margem da conferência debate “Alqueva: os próximos 10 anos”, que a Associação Alentejo de Excelência (Fórum Alentejo) organizou no cineteatro de Reguengos de Monsaraz, para debater as estratégias para o empreendimento.

José Calixto garantiu que, na Câmara Municipal, “já existem projetos de execução de obras”, mas, como “são projetos que custam algumas centenas de milhares de euros”, os promotores turísticos estão com dificuldades em obter financiamento.

“Numa altura em que escasseia o financiamento para grandes projetos, não é fácil chegar à banca e completar os capitais próprios que estavam inicialmente previstos”, admitiu o autarca.

A grande dificuldade dos promotores, acrescentou, “está em estruturar financeiramente operações que são de muitos milhões de euros e de longo prazo”.

O presidente do município adiantou ainda que o projeto da Herdade do Barrocal, com custos estimados em 140 milhões de euros, “está a passar por um processo de redefinição”, uma vez que a Aquapura Alentejo “saiu do consórcio”.

Já o Vila Lago Monsaraz - Golf & Nautic Resort, da Aprigius - Companhia de Investimentos Comerciais, que prevê um investimento de 170 milhões de euros, “deverá iniciar a obra, em princípio, ainda este ano”.

Também em declarações à Lusa, Jorge Ponce de Leão, diretor executivo do complexo Roncão d’el Rei, antigo Parque Alqueva, liderado pelo empresário José Roquette, adiantou que o projeto “está em curso”, mas “tem as dificuldades próprias da atual conjuntura”.

“Está em curso um reforço de capitais próprios para garantir que o projeto possa ultrapassar as dificuldades e enfrentar um ciclo económico especialmente difícil face à conjuntura gerada pela crise imobiliária e financeira”, revelou.

O mesmo responsável explicou que depois de selecionado o operador hoteleiro do complexo “houve a necessidade de reajustar os projetos de execução para adaptar o conceito arquitetónico ao modelo de exploração, conduzindo a uma alteração muito profunda do projeto”.

Este reajustamento, acrescentou, provocou um atraso de seis meses no projeto do primeiro hotel do complexo, o Hotel do Monte, sendo que a previsão de abertura é “meados de 2013”, mas o campo de golfe da unidade deverá entrar em funcionamento no próximo ano.

No global, o complexo turístico Roncão d'el Rei, a edificar ao longo das próximas duas décadas, comporta quase mil milhões de euros de investimento, sendo que 80 milhões de euros vão ser aplicados nesta primeira fase das obras. 

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